Esse quadrinho contém 4
hostórias, que se passam em Londres de
diferente épocas: 1890, 1940,2014 e 20150. Em comum, a investigação de
um assassinato, por detetives de cada período.
SINOPSE:
LONDRES, 1890. Enquanto Jack, o Estripador,
assombra os becos, o inspetor Edmond Hillinghead – o detetive mais diligente da
cidade – usa suas habilidades em um caso ainda mais complicado. A vítima é um
homem não identificado. O assassino pode ter aliados poderosos. E o maior
segredo de Edmond pode ser exposto se ele se aproximar demais da verdade.
LONDRES, 1940. Enquanto os
alemães bombardeiam a cidade, o inspetor Charles Whiteman é o dono das ruas.
Ele escapou dos nazistas na Polônia apenas para perpetrar o tipo de negócios
que deveria combater. Mas sua vida dupla está em jogo quando ele se depara com
uma misteriosa vítima de assassinato…
LONDRES, 2014. Enquanto
manifestantes racistas tocam o terror em nome de seu patriotismo
preconceituoso, a investigadora Shahara Hasan lidera o combate a eles. Policial
e muçulmana, ela é inglesa até o osso. Mas o corpo que ela descobriu pode
revelar algo podre sob a superfície…
LONDRES, 2050. Enquanto o pulso
embaralhador mental inferniza os sobreviventes do terrível tecnoapocalipse, a
jovem amnésica conhecida apenas como Maplewood mal compreende o significado do
corpo que acabou de encontrar. Mas esse assassinato ritual é idêntico a outros
de décadas passadas e o elo entre eles é mais forte e mais estranho do que
qualquer um poderia imaginar…
MINHA OPINIÃO:
Quando comecei a ler “Corpos”, eu
achava que se tratava de uma história policial com a história.
Os personagens principais de 3
das 4 histórias representam minorias com um grande nível de perseguição em cada
época. Em 1890, o detetive é gay, algo totalmente impensável e até perigoso em
uma época tão preconceituosa. Em 1940, em plena 2ª Guerra Mundial, com a
perseguição nazista crescendo a cada dia,
o detetive é judeu. E em 2014, a
deteive é muçulmana com toque de sobrenatural, mas a medida que avançava na leitura percebi que se tratava principalmente de uma história sobre a Inglaterra, o que de certa forma foi o fato principal da minha decepção e duplamente discriminada: por ser mulher no departamento
de polícia e por ser muçulmana em uma Europa totalmente islamofobica.
A personagem de 2050, é uma jovem
que sofre de amnésia, e sinceramente essa história é uma total e completa
viagem, que até agora não entendi.
Aliás, esse é o grande problema
do quadrinho. O difícil entendimento, pelo menos na minha opinião. Vc passa o
tempo inteiro tentando juntar as peças de um quebra-cabeça pra no final não
conseguir compreender a imagem que foi formada.
Já com relação á qualidade da
arte, não há o que falar. Cada época foi desenhada por um artista diferente,
cada um dando a sua interpretação sobre
o período que a história é contada. Gostei bastante e acho que casou bem com
cada história.
Infelizmente, isso não foi
suficiente pra tornar a leitura satisfatória, já que muitos dos enigmas e
mistérios propostos não são solucionados. E levando-se em consideração o alto
valor da revista, quase R$ 30,00, acaba sem valer a pena.
SOBRE O AUTOR:
Si Spencer é um escritor de
quadrinhos britânico e dramaturgo e editor de TV, com trabalhos aparecendo em
quadrinhos britânicos como Crisis , antes de se mudar para a indústria de
quadrinhos americana . Ele muitas vezes colabora com Dean Ormston .
E vcs? Já leram Corpos? Gostaram? Não esqueçam de comentar.😘